Programadores vão desaparecer? A verdade sobre os limites da inteligência artificial
Com a inteligência artificial avançando em ritmo acelerado, muita gente começa a se perguntar se a profissão de programador está com os dias contados. Afinal, já existem ferramentas que geram código automaticamente, sugerem correções e até constroem sistemas inteiros com poucos comandos em linguagem natural.

Mas será que a IA já é capaz de substituir completamente os desenvolvedores humanos? A resposta é: ainda não.
A IA ainda tropeça na hora de corrigir erros
Um estudo recente da Microsoft usou uma plataforma chamada Debug-gym para testar a habilidade de diferentes modelos de IA na hora de depurar códigos — ou seja, encontrar e corrigir bugs. O resultado foi claro: nenhuma IA conseguiu resolver nem metade dos problemas apresentados.
O modelo mais eficiente, Claude 3.7, teve uma taxa de acerto de 48,4%. Outros, como uma versão da OpenAI e o GPT-3 Mini, ficaram com 30,2% e 22,1%, respectivamente. Isso mostra que, embora sejam boas em gerar código, as IAs ainda têm dificuldade em lidar com erros de forma inteligente e precisa.
Programar vai mudar, mas não vai acabar
O que estamos vendo é uma transformação no papel do programador. Em vez de serem substituídos, os profissionais da área tendem a se tornar mais estratégicos, atuando como orientadores, revisores e especialistas que sabem como extrair o melhor das ferramentas de IA.
Assim como calculadoras não acabaram com os matemáticos e softwares de design não eliminaram os artistas, a IA deve se tornar mais um recurso no arsenal do desenvolvedor — útil, poderoso, mas ainda dependente da mente humana.